quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Saudades

Saudades é um sentimento que não escolhe hora e nem lugar, ela simplesmente chega e te faz chorar.
Os motivos são diversos, saudades de alguém que terminou a caminhada na vida terrena, saudades de um amor da infância (esse nos faz lembrar um lindo filme: Meu Primeiro Amor), saudades dos amigos da escola, dos colegas da rua, saudades daqueles doces de bomboniere, saudades dos banhos de chuva, saudades de lugares, das férias, dos amigos de temporada, saudades dos dias que passamos longe das pessoas que amamos e principalmente daquela pessoa que conquistou nosso coração  e até mesmo saudades do que ainda não vivemos.
Como já diz o poema do nosso querido Miguel Falabella... Saudades é simplesmente não saber.
Essa é pra cantar e sentir saudades...
...Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu...
Vai voando contornando a imensa curva Norte e Sul
Vou com ela viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela brando navegando
É tanto céu e mar num beijo azul...
Entre as nuvens vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser ele vai pousar...
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda a nossa vida e depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo (Que descolorirá!)
Giro um simples compasso Num círculo eu faço O mundo 
(Que descolorirá!)

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