terça-feira, 17 de julho de 2012

Conta uma lenda austríaca que em determinado povoado, havia um pacato habitante da floresta que foi contratado pelo Conselho Municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade.

O cavalheiro com silenciosa regularidade, inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, limpava o limo que poderia contaminar o fluxo da corrente de água fresca.

Ninguém lhe observava as longas horas de caminhada ao redor das colinas, nem o esforço para a retirada de entulhos.

Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina.

Rodas d'água de várias empresas da região começaram a girar dia e noite.

As plantações eram naturalmente irrigadas, a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.

Os anos foram passando. Certo dia, o Conselho da cidade se reuniu, como fazia semestralmente.

Um dos membros do Conselho resolveu inspecionar o orçamento e colocou os olhos no salário pago ao zelador da fonte.

De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele velho estava sendo pago há anos, pela cidade.

E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma.

Seu discurso a todos convenceu. O Conselho Municipal dispensou o trabalho do zelador da fonte de imediato.

Nas semanas seguintes, nada de novo. Mas no outono, as árvores começaram a perder as folhas.

Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes.

Certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte. Dois dias depois, a água estava escura.

Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens.

O mau cheiro começou a ser exalado. Os cisnes emigraram para outras bandas. As rodas d'água começaram a girar lentamente, depois pararam.

Os turistas abandonaram o local. A enfermidade chegou ao povoado.

O Conselho Municipal tornou a se reunir, em sessão extraordinária e reconheceu o erro grosseiro cometido.

Imediatamente, tratou de novamente contratar o zelador da fonte.

Algumas semanas depois, as águas do autêntico rio da vida começaram a clarear. As rodas d'água voltaram a funcionar.

Voltaram os cisnes e a vida foi retomando seu curso.
* * *
Assim como o Conselho da pequena cidade, somos muitos de nós que não consideramos determinados servidores.

Aqueles que se desdobram todos os dias para que o pão chegue à nossa mesa, o mercado tenha as prateleiras abarrotadas; os corredores do hospital e da escola se mantenham limpos.

Há quem limpe as ruas, recolha o lixo, dirija o ônibus, abra os portões da empresa.

Servidores anônimos. Quase sempre passamos por eles sem vê-los.

Mas, sem seu trabalho, o nosso não poderia ser realizado ou a vida seria inviável.

O mundo é uma gigantesca empresa, onde cada um tem uma tarefa específica, mas indispensável.

Se alguém não executar o seu papel, o todo perecerá.

Dependemos uns dos outros. Para viver, para trabalhar, para ser felizes!

Pensemos nisso!

terça-feira, 3 de julho de 2012

O silêncio é doçura:
Quando não respondes às ofensas,
Quando não reclamas os teus direitos,
Quando deixas à Deus a defesa da tua honra.

O silêncio é misericórdia:
Quando te calas diante das faltas de teus irmãos,
Quando perdoas sem remoer o passado,
Quando não condenas, mas intercedes em segredo.

O silêncio é paciência:
Quando sofres sem te lamentares,
Quando não procuras consolação junto aos homens,
Quando não intervéns, esperando que a semente germine lentamente.

O silêncio é humildade:
Quando te apagas para deixar aparecer teu irmão,
Quando, na discrição, revelas dons de Deus,
Quando suportas que tuas ações sejam mal interpretadas,
Quando deixas os outros a glória da obra inacabada.

O silêncio é fé:
Quando te apagas, sabendo que é Ele quem age...
Quando renuncias às vozes do mundo para permanecer na Sua presença...
Quando te basta que só Ele te compreenda.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Flores de Amor

          Ela estava sozinha e, naquele dia de primavera, decidira almoçar ao ar livre, sentada em um banco, à sombra de uma majestosa árvore. Era o seu horário de descanso do escritório e desejou imaginar que estivesse em um piquenique.

Em meio à profusão de verde e diversidade colorida das flores, improvisou algo semelhante a uma mesa de piquenique.

Naqueles momentos, começou a refletir sobre a sua solidão. Após o divórcio, ela terminara de criar seus filhos sozinha e estivera ocupada demais tentando sobreviver.

Pensava naquele momento que talvez fosse por isso que não encontrara outro companheiro. Alguém com quem pudesse compartilhar a sua vida e o seu amor.

Ela se mantivera ocupada com as atividades da filha adolescente, acompanhando-a a um e outro lugar, ou visitando os filhos mais velhos e o novo neto, além de cuidar da profissão e trabalhar no grupo religioso de sua comunidade.

Lembrou que no escritório havia muitas colegas casadas e que recebiam, às vezes, flores dos seus maridos. Os buquês maravilhosos chegavam, geralmente acompanhados de um cartão, dizendo que as flores estavam sendo enviadas só porque eu amo você.

Ela admirava as flores, mas admirava mais os sentimentos que havia por trás daqueles gestos.

Ela fora infeliz no casamento e nunca recebera tais mimos. Aliás, nada que indicasse que ela era uma mulher amada. E porque adoraria receber flores, não podia deixar de invejar aquelas mulheres.

Elas eram felizes. Tinham maridos que as amavam e que, mesmo após anos de convívio conjugal, se lembravam de remeter flores, serem criativos, surpreender.

As flores ficavam dias sobre as mesas, em jarros d'agua, perfumando o ambiente, atestando a existência de um sentimento cálido e maduro.

E ela se sentia tão só. Sua mesa sempre estava despida de cores e perfume. Vazia.

Enquanto assim se perdia em pensamentos, sentiu alguma coisa cair em sua cabeça. Era uma flor despencando em direção à grama.

Olhou para cima e viu que a árvore enorme, sob a qual estava sentada, trazia a copa repleta de graciosas flores vermelhas, penduradas quase ao alcance de sua mão.

Ela não as havia notado porque não olhara para cima. Deu-se conta, então, que estava sendo agraciada com flores, lindas flores de Alguém que a amava. Sempre a amara e não desejava que ela ficasse sem flores.

Ela olhou para o chão, colheu as flores dispersas, lindas, vibrantes e compôs um ramalhete.

Levou-as para sua mesa de trabalho e as colocou em uma jarra de vidro.

Durante todo aquele dia, foi maravilhoso olhar para as flores enquanto trabalhava. Elas a fizeram lembrar que Deus quis lhe dar flores só porque Ele a amava.

* * *

As flores que lançam aromas nos canteiros são mensagens do Amor de Deus falando nos jardins.

Os passarinhos que pipilam nos prados e cantam nos ramos são a presença do Amor de Deus transparecendo nos ninhos.

O filete transparente de águas cantantes, que beija a face da rocha, canta o Amor de Deus, jorrando suave da pedra.

As vagas agigantadas, que se arrebentam nas praias, mostram o Amor de Deus engrandecendo-se no mar.

Os astros que giram na amplidão enaltecem o Amor Divino, enquanto falam dessa cadeia que une os seres e as coisas na Casa de Deus.

Por tudo isso, jamais te sintas não amado porque se não tiveres quem te diga aos ouvidos: Eu te amo, Deus te abraça com Seus raios de luz e te dá, todos os dias, o mundo para viver, amar e ser feliz.


 


 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Igualdade

"Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos. "

Quando li está frase, fiquei pensando em como as pessoas estão cada vez mais apegadas á matéria e esquecendo os valores morais, o significado da amizade e a importância do amor.
Quando falo em valores, me refiro ao respeito, à dignidade, honestidade, disciplina entre outras características que estão cada vez mais extintas entre as pessoas.
A amizade... ai que saudades das minhas, da época da pré escola, das amigas de rua, aquelas com quem brinquei de boneca, que chorei quando uma ou outra estava de castigo imposto pelos pais por alguma travessura da infância, saudades das amizades da adolescência, das amigas de sala de aula, amigas do ônibus na volta para casa, amigas que fizeram parte e marcaram nossas vidas... Amizade!!!
O amor, o amor é sublime, é puro, é realmente estar em contato com Deus, é o sentimento mais puro que o ser humano é capaz de sentir, sentir pelos familiares, parentes, amigos, colegas, animais, plantas... não importa para quem ou para que você está doando o que realmente importa é que você está sentindo, sentir o amor é sentir realmente a grandeza divina se manifestar na terra, é querer bem, viver bem, somar, multiplicar, restabelecer, criar, iluminar... Amar...
Não devemos ter medo do amor, esse sentimento de pronúncia sutil, avassala a humanidade e nos torna mais humanos... o amor faz acreditar, faz chorar, faz temer, faz viver e realizar.
O amor é capaz de mudar o mundo, trazer a paz tão desejada entre os homens e principalmente elevar nosso Espírito até Deus.
Amar é uma descoberta que leva qualquer um viver a vida intensamente.  

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional das Mulheres!!!!

"Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa:
elas não são humanas.
São espiãs.
Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare para refletir sobre o sexto-sentido.
Alguém duvida de que ele exista?
E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher,
entre as presentes, em uma reunião,
seja aquela que dá em cima de você? (chamadas de neuróticas...rs)
E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você,
que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco?
Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo.
Só meia-hora de vôo.
Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio".
Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas,
depois que você já entrou, antes de decolar.
O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
"Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo,
leve dinheiro extra para comprar outro.
Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...
O sexto-sentido não faz sentido!
É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!
E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?
E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la,
de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...
Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos
(que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).
As mulheres choram.
Ou vazam?
Ou extravazam?
Homens também choram, mas é um choro diferente.
As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar,
um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor,
um não sei quê de tempero divino,
que tem um efeito devastador sobre os homens...
É choro feminino.
É choro de mulher...
Já viram como as mulheres conversam com os olhos?
Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?
(pura realidade...rs)
Elas conhecem todos...
Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.
EN-FEI-TI-ÇAM !
E tem mais!
No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara.
Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.
O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor.
Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora."


sexta-feira, 2 de março de 2012